Exportar banana prata e conquistar novos mercados consumidores. Esse é
um desejo da Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte)
e dos produtores de Região do Jaíba que tem realizado testes para que isso
aconteça. O mais recente é o do contêiner estacionado da banana prata que no
dia 26 de Julho, iniciou mais uma etapa. Na fazenda Tapuio, no Projeto Jaíba, a
banana foi colhida e embalada a fim de ser colocada no contêiner teste que fica
estacionado por 25 dias. Essa ação tem como objetivo promover o fechamento do
estudo da tecnologia de conservação que a banana tem recebido com fins de
exportação.
Através de um tratamento especial de monitoramento da qualidade, a
banana prata tem sido alvo de experiências relativas à tecnologia de
armazenagem e conservação para embarque ao exterior. O trabalho de conservação
é executado pelo INAES (Instituto Antônio Ernesto de Salvo) através de uma
parceria com a Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) e a Universidade
Federal de Viçosa (UFV), dentro do Programa de Melhoria da Competitividade do
APL de Fruticultura da Região do Jaíba, e tem contado com o apoio e incentivo
da Abanorte.
O Gerente de Mercado da Associação Central dos Fruticultores do Norte
de Minas, Heider Cabral, explica qual o processo feito para conservação e
possível exportação da banana prata. “A utilização de um contêiner nos permite
simular o que de fato acontece num trâmite normal para exportação de banana
prata através de um navio. No dia 26 de Julho o contêiner em questão foi
estufado com a fruta que foi preparada por uma equipe qualificada. Agora ele
permanece estacionado durante 25 dias. Esse tempo é o prazo que precisamos para
que seja feito o envio marítimo da banana prata para a Europa. Depois desta
ação a banana será climatizada e levada ao mercado fechando assim o teste
feito.”
Vários outros testes já foram feitos em câmaras frias e em menor escala
para desenvolver um protocolo de exportação adequado à banana prata. Tendo um
resultado positivo, esse trabalho representa a oportunidade para o produtor do
Norte de Minas, escoar seu produto e ter mais uma opção de mercado. “Nossa
região está em construção de um volume de produção que possa atender o mundo,
mas que hoje ainda não existe. Assim, na nossa entressafra nós manteríamos o
mercado externo abastecido tendo um valor agregado melhor”, conclui Heider.