Casa própria, feita com tijolos e cimento e livre do barbeiro. Essa é
uma realidade de moradores de Janaúba que já receberam as casas feitas pela
Fundação Nacional da Saúde (Funasa) órgão executivo do Ministério da Saúde -
Governo Federal, e para aqueles que ainda vão receber. Sete casas com um, dois,
ou até três quartos já foram entregues a famílias que viviam em casas de “pau a
pique”, nome popular dado as residências feitas com barro e enchimento que
servem de moradia para o triatomíneos, o barbeiro, transmissor da doença de
Chagas. As famílias beneficiadas são famílias carentes que residiam nesses
locais e não tinham condições de fazer outra moradia.
As casas da Funasa fazem parte do Ação de Implantação de Melhorias
Habitacionais para Controle da Doença de Chagas que tem sido desenvolvida no
município. A Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos é a responsável
pela fislcalizaçãodas obras de construção desses domicílios, como explica o
Engenheiro Civil da Secretaria, Danilo Augusto Alves. “O convênio entre a
Cidade de Janaúba e Funasa tem permitido que famílias de baixa renda tenham
acesso a melhores condições de moradia e que ações contra o barbeiro,
transmissor da doença de Chagas, sejam feitas em nossa região. Locais como
Piranha de Cima e Pajeú já tiveram casas entregues a seus beneficiários, e
locais como Zé Faustino, Barreiro da Raiz e Gouveia já estão com suas casas
iniciadas. É importante ressaltar que as famílias beneficiadas não têm nenhum
custo para a construção da nova casa, sendo a obra de responsabilidade do
município. Dessa forma a prefeitura tem atendido pessoas carentes e dado a elas
uma nova residência através desse trabalho”.
Após finalizada a obra e depois de ser entregue
a família, a casa de pau a pique é derrubada para que não haja foco para
alojamento do barbeiro. O mal de Chagas, como também é chamado, é transmitido,
principalmente, por um inseto da Subfamília Triatominae, conhecido popularmente
como barbeiro. Este animal de hábito noturno se alimenta, exclusivamente, do
sangue de animais vertebrados. Vive em frestas de casas de pau a pique, camas,
colchões, depósitos, ninhos de aves, troncos de árvores, dentre outros locais,
sendo que tem preferência por locais próximos à sua fonte de alimento.Na
ocorrência da doença, observam-se duas fases clínicas: uma aguda, que pode ou
não ser identificada, podendo evoluir para uma 2ª fase, a fase crônica. O
diagnóstico pode ser feito via exame de sangue do paciente na busca do parasita
no próprio material coletado (microscopia) ou pela presença de anticorpos no
soro (através de testes sorológicos).
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