Nos dias 11 e 18 do mês de outubro o Centro Viva Vida capacita agentes
de saúde e funcionários do centro quanto à doença falciforme. As capacitações
no Viva Vida são ministradas pela enfermeira responsável pela saúde da criança,
Flávia de Carvalho, e tem como objetivo permitir que os participantes tenham
informações do que é a doença e como ela deve ser tratada. Segundoo Centro de
Educação e Apoio para Hemoglobinopatias (CEHMOB - MG), a doença falciforme é
uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil e apresenta, já nos
primeiros anos de vida, manifestações clínicas importantes, o que representa um
sério problema de saúde pública no país. Em Minas Gerais, a doença falciforme
foi incluída na triagem neonatal em 1998 podendo ser identificada através do
teste do pezinho.
O trabalho de acompanhamento e repasse de informações quanto à doença
já é desenvolvido com as mães de pacientes do centro e agora é transmitido aos
funcionários da saúde. O intuito, segundo Flávia, “é replicar através dos
funcionários e agentes de saúde da atenção primária o conhecimento quanto à
doença falciforme tendo em vista que o norte de minas ainda apresenta um número
significativo de casos desta doença”.
Dados do CEHMOB apontam que a incidência no estado é de 74 casos para cada
100 mil nascidos vivos. Para possibilitar o conhecimento preciso e necessário
para acompanhamento da doença, as capacitações foram dividas em duas etapas,
sendo que na primeira foi aplicado um pré - testesobre a doença falciforme a
fim de avaliar os conhecimentos dos participantes. A segunda acontecerá no dia 18 e irá
constatar se os mesmos conseguiram assimilar o que foi repassado durante os
treinamentos.
Para a agente de saúde, Irene Teixeira
Mendes,participar da capacitação representa aprendizado e melhoria nas
condições de trabalho. “Não tenho conhecimentos específicos sobre a doença
falciforme, mas entendo que é necessário que eu aprenda sobre esta doença para
acompanhar os pacientes que chegam até a Unidade de Saúde. Por isso acredito
que esta capacitação contribuirá para que eu possa aperfeiçoar meus
conhecimentos e poder assim melhorar o meu trabalho,” diz a agente que trabalha
na Unidade Básica de Saúde (UBS) Maria Fernandes Souza, no Bairro Barbosa. Além
do atendimento a crianças portadoras da doença falciforme, o Viva Vida também atua
na triagem neonatal, atende crianças prematuras, com asfixia, asma, desnutrição
dentre outros. Outro atendimento feito pelo centro é o de crianças vítimas de
violência sexual. Nesse caso após serem examinadas pelo Hospital Fundajan, as
crianças são encaminhadas para o Viva Vida onde recebem atendimento
ambulatorial com psicólogos e assistentes sociais.
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